segunda-feira, 25 de abril de 2011

domingo, 24 de abril de 2011

Cecília Giannetti


Entrevista no Portal Literal (por Marcelino Freire) e conto

Andrea Del Fuego



Entrevista no Portal Literal (por Marcelino Freire) e conto.

Blog

Quem é o escritor da nova geração



Revista BRAVO! | Outubro/2007

Quem é o escritor da nova geração?

A década de 1960 teve Fernando Sabino. A de 1980, Marcelo Rubens Paiva. Quem será o autor dos anos 00? Os candidatos mais fortes são João Paulo Cuenca, que lança neste mês "O Dia Mastroianni", e Daniel Galera, autor do romance de formação "Mãos de Cavalo"

Por André Nigri
De vez em quando, por razões que muitos não saberiam dizer no início, um romance se destaca dos demais. Não é necessário que traga grandes inovações formais, idéias revolucionárias, nem sequer uma técnica narrativa apurada. Seu segredo está em conseguir traduzir anseios e frustrações de um grupo, normalmente de jovens, de um lugar quase sempre bem delimitado. A esses romances se dá o nome "de geração", um status que só se consegue atingir depois que caem no gosto dos leitores. Coisa que, na maioria das vezes, acontece de modo involuntário.
No Brasil, o maior exemplo é O Encontro Marcado, de Fernando Sabino, publicado em 1956. Por meio de um protagonista fictício, Eduardo Marciano, o autor narrava sua infância, juventude e início da vida adulta na provinciana Belo Horizonte do pós-guerra. Os jovens na faixa dos 20 anos da década de 1960 identificaram-se com a história, tomada com um óleo realista daquela geração.
As décadas seguintes continuaram com os novos buscando espaço na estante do leitor. A juventude brasileira teve nas décadas seguintes outros ventríloquos. Na década de 1980, dois escritores se destacaram. Um deles foi o gaúcho Caio Fernando Abreu, que fez literatura a partir da desilusão de uma geração cujos desejos libertários foram sufocados no regime militar e, nos anos de abertura, não sabia muito bem para onde ir. Outro foi Marcelo Rubens Paiva, com o autobiográfico Feliz Ano Velho. Paraplégico em decorrência de um acidente, com um pai morto pelo regime militar, o paulista conseguiu estabelecer uma identificação de seus dramas pessoais com os dos jovens daquele período.
E quem seriam os autores capazes de manter a mesma sintonia com as aspirações dos leitores hoje? Eles existem ou o romance geracional é um fenômeno que ficou no passado? Leitor dedicado de Fernando Sabino, o carioca João Paulo Cuenca resolveu criar a seu modo um romance da geração a que pertence — a que chegou aos 20 anos com o novo milênio. Mas o recém-lançado O Dia Mastroianni, título do segundo livro deste autor de 29 anos, é o avesso de O Encontro Marcado. É um romance de geração ao contrário.
O livro narra uma jornada na vida de Pedro Cassavas e Tomás Anselmo, dois amigos, jovens, que erram por uma cidade imaginária — e que tem pistas de vários lugares, desde o Rio de Janeiro até o Cairo e Paris. Um dia, decidem cumprir o ritual de flanar pela cidade em uma imitação do périplo de Marcello Mastroianni por Roma no filme A Doce Vida (1960), de Federico Fellini. Entre bebidas e mulheres, a dupla resvala em situações improváveis em busca de diversão.
Cuenca criou uma espécie de romance de geração com arquitetura repleta de clichês e lugares-comuns do gênero. "Nesse romance, tentei usar um tom sardônico, declaradamente farsesco. Talvez a linguagem cause estranhamento e exija o uso de detectores de ironia e senso de humor, hoje em dia um pouco enferrujados," diz Cuenca.
A questão geracional já podia ser vista em seu primeiro livro, Corpo Presente (2003). Ali o protagonista dizia: "Gostaria de escrever algo como as 'grandes cabeças da minha geração', mas essa é toda uma linhagem de chatos queixosos'". Os chatos são os escritores sem livros, os músicos sem disco, uma turma, segundo o autor, desencantada.
O desencanto pode ser a chave para entender a geração de Cuenca. Daniel Galera, paulista de 28 anos criado em Porto Alegre, tornou conhecido um personagem com essas características quando publicou Até o Dia em que o Cão Morreu, em 2003. O livro, adaptado para o cinema neste ano por Beto Brant com o título de Cão sem Dono, mostra a pasmaceira de um jovem de classe média com objetivos vagos. O protagonista passa seus dias andando sem destino pelas ruas de Porto Alegre ou enfurnado em um pequeno apartamento de onde se avistam as águas do rio Guaíba.
Muitos enxergaram nesse livro o retrato de parcela da população jovem da classe média urbana, sem objetivos de vida claros. Mas foi com o livro seguinte, Mãos de Cavalo, de 2006, que Galera ergueu seu Bildungsroman — expressão alemã que designa romances de formação, que narram um processo de aprendizado de uma personagem.
Os romances de formação são diferentes dos de geração porque, ao contrário destes, pertencem a um gênero bem definido. Alguns romances de formação podem ser romances de geração, mas nem todo romance de geração é romance de formação. Mãos de Cavalo é uma proposta ousada numa linhagem em que se encontram pesos pesados como O Apanhador no Campo de Centeio, do americano J. D. Salinger, ou O Ateneu, do brasileiro Raul Pompéia. A aposta de Galera rendeu-lhe um livro vigoroso que responde às muitas questões de jovens como ele.
No livro, a vida de Hermano, apelidado na adolescência de Mãos de Cavalo por causa das manzorras, é contada em três planos temporais intercalados: a infância, a adolescência e a idade adulta. Cirurgião plástico bem-sucedido com um casamento aos trapos e uma filha que ama, Hermano sai de casa e relembra seus ritos de passagem na adolescência, como os campeonatos de descida de bicicleta ladeira abaixo, em alta velocidade, e os enfrentamentos com o garoto mais forte da rua, Bonobo, de quem ele acaba se aproximando com conseqüências determinantes para o desfecho do romance. Galera não se furtou a usar memórias da própria adolescência no texto. Estão lá os jogos eletrônicos, o celular, a calça de tactel, a roupa das meninas... tudo compondo um cenário típico de sua geração.
Para a crítica Beatriz Resende, esta nova geração rompeu definitivamente com o fantasma da ditadura — o tema é forte na obra de Caio Fernando e na de Marcelo Rubens Paiva, e por muito tempo assombrou a literatura brasileira — e incorporou elementos do cotidiano, como a violência urbana, o sexo sem afeto e as iniciações em uma vida adulta cada vez mais exigente. "No amor eles são muito defensivos, fechados, não querem se jogar. Não têm uma ideologia, mas reagem de um modo ou de outro de maneira política", diz Beatriz.
Há ainda outro ponto a ser levantado, responsável em parte pela aproximação e maior identificação do leitor com o autor. Embora não gostem do rótulo de "geração internet", o fato é que tanto Galera quanto Cuenca, e em grande medida seus companheiros de literatura, transformaram a internet em plataforma para viabilizar seus projetos como escritores. Galera chegou a criar uma editora, a Livros do Mal, enquanto Cuenca foi o primeiro autor brasileiro a abrir um site para resenhas e comentários de internautas. "Sou um sujeito introvertido, mas não abro mão de ouvir os leitores", diz Galera, que tem no site de relacionamentos Orkut uma comunidade. Ali, quem quiser pode deixar sua opinião, e os comentários geralmente são respondidos pelo autor. "É muito interessante se aproximar dos escritores e saber que eles são como nós. Gosto dessa troca", diz a estudante Cinthia Cruz, responsável pela criação da comunidade dedicada a Daniel Galera.
O fato de terem começado a escrever em computador possibilitou ainda o uso dessa ferramenta como instrumento de trabalho. Ambos têm um perfil mais "profissional" do que seus antecessores, um fenômeno comum nessa geração (leia ensaio na pág. 54). "Eles já chegam informados sobre direitos autorais e regras do mercado", diz o também jovem Paulo Werneck, editor da Cosac Naify.
Formado em publicidade, hoje morando em São Paulo, Galera faz também trabalhos de tradução como free lancer. Cuenca, por sua vez, já teve colunas em diversos veículos da imprensa e hoje mantém um texto semanal no jornal O Globo. Nenhum deles dá sinais de cansaço e pretendem continuar vivendo de literatura. Se eles refletem a geração atual? A resposta pode estar na frase do crítico Tristão de Athayde sobre O Encontro Marcado, de Fernando Sabino: "O romancista não pode fugir de se prolongar em suas personagens".

Os três elementos do romance de geração Eles resumem idéias da época, acrescentam rituais iniciáticos e temperam a mistura com cultura pop. Veja como isso acontece em três livros
Fernando Sabino, "O Encontro Marcado", ANOS 60
• AS IDÉIAS DA ÉPOCA
A geração de Fernando Sabino chegou aos 20 anos no final da Segunda Guerra. Com a Europa destruída, as idéias de Jean-Paul Sartre começaram a se difundir. O existencialismo francês pregava a total liberdade de decisão do homem, e em Encontro Marcado ele entra em conflito com ideais religiosos.
• OS ELEMENTOS DA CULTURA POP
O jazz americano ganhou a Europa e se tornou um gênero cultuado pelos jovens. Os quadrinhos também se difundiram, assim como os romances existencialistas de Sartre e Camus. Todas essas referências são fortes para o protagonista Eduardo Marciano e seus amigos.
• OS RITUAIS INICIÁTICOS
Fernando Sabino fixou em O Encontro Marcado um rito tornado famoso com Carlos Drummond de Andrade décadas antes. Eles e seus companheiros cruzavam os arcos de um viaduto em Belo Horizonte como forma de expressar liberdade e chocar os conservadores.
Marcelo Rubens Paiva, "Feliz Ano Velho", ANOS 80
• AS IDÉIAS DA ÉPOCA
O movimento hippie ainda sobrevivia em fins da década de 1970, sobretudo como forma alternativa de comportamento a um país que vivia sob a repressão do regime militar. Transgredir e desbundar eram as palavras de ordem. O livro narra a ressaca dessa época.
• OS ELEMENTOS DA CULTURA POP
Em São Paulo, jovens se agregavam em torno da música pop como forma de expressão. Na narrativa autobiográ­fica, Marcelo conta sua experiência co­mo músico e faz a crônica dos primórdios do rock brasileiro, que se tornaria a voz de sua geração.
• OS RITUAIS INICIÁTICOS O desbunde, mas sobretudo a inconseqüência dos gestos. Em Feliz Ano Velho, o mergulho no lago do protagonista quase corta-lhe a vida. A geração de Marcelo se arriscava e forçava os limites físicos em esportes radicais, surgidos naquela época. Foi também o momento de liberação sexual no Brasil, após a ditadura e antes do surgimento da aids.
Daniel Galera, "mãos de Cavalo", século 21
• AS IDÉIAS DA ÉPOCA
No fim do século 20, a estabilidade monetária com o controle da inflação e a abertura econômica colocaram os jovens brasileiros em contato com a internet e uma avalanche de informações. A ressaca do fim do regime finalmente tinha sido curada.
• OS ELEMENTOS DA CULTURA POPTênis importados, jogos eletrônicos, computador, músicas baixadas na internet. Os jovens retratados por Daniel Galera estão na blogosfera e na globalização.
• OS RITUAIS INICIÁTICOS
Superar limites e vencer uma corrida de rua de bicicleta tornam-se o rito iniciático para Hermano, um adolescente de 15 anos. Além do reconhecimento do grupo, ele se aproxima de seu antagonista, Bonobo, o sujeito mais temido do bairro. A competição entre os dois personagens dá sentido à narrativa.
Os livros
"O Dia Mastroianni", de João Paulo Cuenca. Agir, 216 págs., R$ 34,90. Mãos de Cavalo, de Daniel Galera. Companhia das Letras, 192 págs., R$ 35,50. 

Nada mais foi dito nem perguntado

Luís Francisco Carvalho Filho

[LEIA]




Bem menos brilhante do que se costuma apregoar, o escritor checo Milan Kundera tem, no entanto, um mérito incontestável: compôs a melhor definição isponível no mercado. Segundo ele, romances em particular, e obras ficcionais em geral, são "o terreno onde o julgamento moral é suspenso". Em outras palavras, neles é possível, ainda que por um breve instante, esquivar-se à "irremovível prática humana de julgar a todos, sem parar, sem compreender". Em sua estréia literária,Nada Mais Foi Dito nem Perguntado, o advogado Luís Francisco Carvalho Filho parece ter decidido comprovar essa tese de uma vez por todas. O resultado é um livro singular e surpreendente.A intenção de "suspender o julgamento" é tanto mais interessante quanto se leva em conta que os treze textos de Nada Mais Foi Dito nem Perguntado têm a ver com o cotidiano do direito nos fóruns e delegacias. Carvalho Filho usa armas curiosas. Ele não escreve contos, mas esquetes que se desenrolam por meio de ágeis diálogos, registrados com objetividade e sem espaço para intervenções "autorais". Além disso, a variedade de personagens e situações exibidas não deixa espaço para estereótipos: não estamos diante de um sistema legal previamente concebido como corrupto ou justo. Espertamente, Carvalho Filho também se concentra em procedimentos como a audiência ou o interrogatório, e jamais no momento dramático da sentença. Ou seja, todas as situações registradas por ele acabam em suspenso, e nunca numa decisão. Para terminar, talvez se pudesse acrescentar uma última volta ao parafuso. Pois num dos textos, Caveirinha, é a própria capacidade da linguagem de transmitir informações precisas que é posta em questão, durante uma atrapalhada audiência. Ou seja, passo a passo, o autor vai deixando de lado tudo que é seguro e certo. Com isso, seus esquetes são um arguto e divertido retrato do universo legal brasileiro. Mas são também algo mais: celebram o prazer e a liberdade envolvidos nos atos de ler ou escrever ficção.
Carlos Graieb

terça-feira, 19 de abril de 2011

Joca Reiners Terron

Santiago Nazarian

Cardoso

João Paulo Cuenca

Marcelino Freire

Indigo

Cintia Moscovich

Marçal Aquino

Daniel Pellizzari

André Santanna

Daniel Galera

Marçal Aquino no Provocações

sexta-feira, 15 de abril de 2011

FICÇÃO INTIMISTA

Para construção de um texto mais preciso sobre Literatura Intimista, fiz recortes de trechos de considerações de Nelly Novaes Coelho, um tanto pulverizadas, mas que parecem no final traduzir certa sensibilidade literária que explora no texto questões como narrativa de introspecção, a partir de uma busca existencial que prescruta a condição humana dentro de um cotidiano (dramático que a tensiona). Um literatura de crise da interioridade, também de um estar-no-mundo.

Abaixo, recortes.

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FICÇÃO DA CONDIÇÃO HUMANA

O drama humano é enfocado sob o prisma da inquietação espiritual ou do depoimento cultural.

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FICÇÃO DESENVOLTA

De filiação naturalista (ousado desvendamento dos chamados aspectos sujos ou baixos do comportamento humano ou da engrenagem social), a diretriz que estamos chamando de "desenvolta" é, basicamente, uma literatura de contestação à sociedade de consumo (que é a dominante hoje em todo mundo). Extremamente variada nas soluções encontradas pelos escritores que a constroem, ela se apresenta sob diversos registros: o do realismo cru/satírico; o do urbano/erótico ou a do naturalismo exacerbado que procede ao inventário mais ou menos indiscriminado do real enfocado.

Amor, sexo, vitalidade, sátira, cinismo, baixeza, violência, ausência de calor humano, desespero frio ou sarcasmo corrosivo... são alguns dos elementos que podem ser encontrados nessa matéria "desenvolta", onde o "argumento", a "intriga" é o que menos conta. Sua principal meta é a desmistificação dos valores convencionais que nos governam. Através de banalíssimos acontecimentos filtram-se os motivos essenciais da narrativa: problemas morais ligados ao sexo (tabus da moral cristã), ou obsessão sexual amoral; o papel do acaso na determinação do destino; a violência gratuita; o esmagamento das aspirações humanas por um ambiente estreito e sem horizontes ou por um sistema hipócrita e asfixiante. Registrando as situações ou as relações humanas com uma objetividade, quase fotográfica por vezes, seu verismo desabrido é alimentado não pelo desejo de "documentar", mas por uma profunda tensão entre o sujeito e o mundo mistificado que o rodeia. Note-se, porém, que de modo geral não é uma literatura "fechada" à realização da condição humana, pois há nela como que uma explosão de forças vitais à procura de uma nova canalização para a ação, pressentida num amanhã bem próximo. Duas frases de Samuel Rawet definem bem esse estado de espírito que se abre para um novo humanismo: "Percebo que não preciso de respostas para prosseguir. Preciso de perguntas" e "Deus está no futuro". É esta, portanto, uma literatura que não busca respostas (como o foi a existencialista sartriana), mas que tenta descobrir novas perguntas... Embora nem todas as obras que relacionamos apresentem, evidentemente, a mesma violência ou a mesma cínica visão-de-mundo, todas participam da mesma natureza "desenvolta", insolente ou desabrida.

(...)

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FICÇÃO DO COTIDIANO DRAMÁTICO

O mundo apreendido através de um "eu". Sondagem mais ou menos tensa das motivações do comprotamento humano, ocultas na área do subconsciente. Narrativa de enfoque realista, que se preocupa com as relações humanas no dia-a-dia, centralizadas nos eixos: amor (ou sexo)/solidão (ou insegurança)/ Trabalho (ou dinheiro) sob o prisma da rotina esterilizante.

Continuando a estrutura tradicional do romance (conto ou novela), em que o argumento é fator-alicerce, os escritores que deste momento em diante produzem nessa diretriz, embora não se destaquem pelas tentativas experimentalistas de descobrir uma nova linguagem e uma nova estrutura ficcional, na verdade já estão longe do padrão convencional. Apresentam com maior ou menor intensidade a preocupação com as sendas abertas nos esquemas ficcionais, realizadas pelos narradores-inventores desde as primeiras décadas do século (= fragmentarismo da narrativa; quebra da sequência temporal lógica; utilização do monólogo interior ou do foco narrativo em 3a. aderido a uma personagem; estilo indireto livre, a tendência às frases curtas, ao devassamento dos dramas a partir de pormenores aparentemente insignificantes; a criação de uma "atmosfera" que vem mais do sugerido do que do narrado, etc.).

Entre os que iniciaram sua obra no período anterior e os que agora começam, destacamos:

Marques Rebelo
Lygia Fagundes Telles
Fernando Sabino
Otto Lara Resende
Breno Acioly
Aníbal Machado
Orígenes Lessa
Ledo Ivo
Mário Donato
Josué Montelo
Dinah Silveira de Queiroz
Moreira Campos
Ricardo Ramos
Osman Lins

pp. 291-3

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FICÇÃO DO HUMANISMO DRAMÁTICO: na linha narrativa de linhagem psicológica prossegue a ficção voltada para as relações humanas (ora apreendidas em registro realista-objetivo, ora em sondagens introspectivas) e predominantemente condicionadas por três fatores básicos: o amor (e/ou sexo); a solidão interior (e/ou insegurança) e a ação vitalmente esterilizante da rotina diária. Adensa essa narrativa a sondagem das causas ocultas da conduta ou dos gestos aparentes, numa linha de influência freudiana, psico-analítica. A estrutura narrativa, embasamento tradicional, apresenta-se já enriquecida com as mais diferentes técnicas novas.

Literatura e linguagem - A obra literária e a expressão linguística. Nelly Novaes Coelho. Rio de Janeiro. 5a. edição. Ed. Vozes. 1993. p. 339-340.

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Nelly Novaes Coelho


[CLIQUE]

Crítica Literária brilhante

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Contos da meia-noite

http://youtu.be/OgZigUoRtpg

http://youtu.be/x4LmXCzCQqw

http://youtu.be/9w5uRSn7UPw

Santiago Nazarian, escritor

Pornofantasma, contos de Santiago Nazarian

PORNOFANTASMA


Acabei!

Livro novo terminado e entregue à editora (Record). Sexto livro, primeiro de contos, teve todo um novo sabor.

O desafio era contar catorze histórias, fazer contos de enredo, e essa também é a delícia. Enquanto que num romance você tem de se prender a um tom, a um certo número de personagens e uma ideia central por meses e meses, o livro de contos te dá mais flexibilidade para explorar vários temas...

Embora eu não tenha variado muito nos temas não. São os relacionamentos esquizofrênicos, a juventude perdida, os garotos andróginos e amaldiçoados de sempre. Isso também garante uma unidade ao livro. "Pornofantasma" não é apenas um dos contos, é o conceito de todos; todos tem algo bem sexual e algo fantasmagórico. Contos de sexo e morte.

Essa é a lista final de contos:

- Catorze Anos de Fome
- Conto de Lobisomem
- Apocalipse Silencioso
- Eu Sou a Menina Deste Navio
- As Vidas de Max
- Natrix Natrix
- Marshmallow Queimado
- Piranhitas
- O Velho e o Mato
- Trepadeira
- Você é Meu Cristo Redentor
- Pornô Fantasma
- A Mulher Barbada
- “Todas as Cabeças no Chão, Menos a Minha!”

{Texto retirado do blog do autor [JARDIM BIZARRO - LINK].

terça-feira, 5 de abril de 2011

Indícios da Perda


Meu texto sobre o livro de poesia de Ana Rüsche saiu hoje na Revista Z Cultural, com o título OS INDÍCIOS DA PERDA - Uma leitura de Nós que adoramos um documentáriode Ana Rüsche.

LINK

Espero que gostem.


Abraço

domingo, 3 de abril de 2011

Fundação Santo André


Turma de Pós, Sábado
2011
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Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea

Estudando os contistas pós-utopicos ou as novas formas
da Literatura Brasileira.