domingo, 24 de junho de 2018

ENTREVISTA COM PAULO Tonani sobre literatura contemporânea (Folha)



PAULO ROBERTO TONANI DO PATROCÍNIO

professor colaborador do Programa de Pós- Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio e autor do livro "Escritos à Margem, a Presença de Autores de Periferia na Cena  Literária Brasileira" (FAPERJ/7Letras)

23/02/2014


É possível apontar tendências da produção literária contemporânea?

Todo olhar crítico que se debruça sobre a produção literária contemporânea busca antes de tudo identificar uma linha comum que possa aproximar autores e produções para além da própria relação temporal. Este esforço crítico resultou na constatação de certas tendências. A primeira é a observação da recorrência de uma escrita ficcional calcada na própria experiência do sujeito autoral, que borra as fronteiras entre a biografia e a ficção, se fixando neste interstício. É forte esta tendência e podemos nomeá-la como uma escrita de si ou autoficional, por trazer em seu corpo elementos do discurso biográfico a partir de uma espécie de pacto ficcional. Outra importante tendência é a produção literária que se volta para a tematização da violência urbana por meio de uma prosa ágil que busca representar o cotidiano das populações marginalizadas. Neste ponto, ganha destaque o fenômeno mais específico que é o da Literatura Marginal. Uma literatura que é produzida por autores residentes na periferia e que retratam esta realidade na prosa e poesia. Por fim, ao analisarmos a produção contemporânea também localizamos um importante sintoma que é o esvaziamento do desejo de representar o Estado-Nação em sua totalidade. Nos parece que não há mais espaço para este tipo de narrativa. De uma narrativa fundacional da nação. Quando se narra a nação, ela é narrada em fragmentos e não em sua totalidade. Fica patente que os discursos ficcionais que oferecem uma imagem da nação enquanto um organismo holístico estão encapsulados no passado.


Quais seriam suas principais qualidades e deficiências?

A principal qualidade da literatura brasileira contemporânea é sua a multiplicidade. Multiplicidade de temas, procedimentos estéticos e, principalmente, de autores. É claro que ainda temos um predomínio de autores se tomarmos como referência o número de escritoras. Mas um importante elemento da literatura contemporânea é a presença de novos sujeitos da enunciação por meio da Literatura Marginal, com a publicação de autores negros e moradores de periferia. 

A Feira de Frankfurt e os programas da política do livro mantidos pelo governo (bolsas de tradução, bolsas de criação, criação de festivais) trouxeram resultados significativos para a produção artística?

Não tenho como avaliar.

A perspectiva de aceitação no mercado exterior norteia de alguma forma o tipo de literatura que se está produzindo? O jovem autor escreve pensando no exterior?

Não creio que o desejo de publicar no exterior seja um elemento norteador da produção de um jovem autor. Além disso, caberia elaborar a questão de outra forma. O que o exterior espera de um jovem autor brasileira? O mercado internacional espera uma literatura que ofereça a cor local, representando traços de uma identidade nacional ou o próprio território? Essa questão impulsionou um rico debate em parte da literatura latino americana a partir da publicação do volume de contos "McOndo", organizada por Alberto Fuguet. O grupo de autores desejou romper com o realismo mágico de García Márquez e oferecer uma imagem da América Latina moldada pela cultura pop ocidental. No entanto, não observo esse tipo de preocupação com os autores brasileiros.

Existe uma "globalização" dos temas?

Não tenho como responder.

A literatura contemporânea inova em algum sentido? Ela renova formas, gêneros? Como?

O senso comum espera que o presente, o contemporâneo, consiga romper com o passado e criar o novo. A modernidade se baseia nesse tipo de percepção, que o presente é necessariamente o novo. No entanto, a própria crítica tem observado que a prosa contemporânea não se funda na busca pelo novo. A publicação do volume de ensaios "O Futuro pelo Retrovisor", de Giovanna Dealtry, Stefania Chiarelli e Paloma Vidal comprova isso. Os textos críticos reunidos no volume examinam obras literárias contemporâneas que estão ancoradas em procedimentos, temas e inquietudes formadas no passado. O olhar para o futuro está direcionado para o retrovisor, sendo necessário retornar a modelos do passado. Um belo exemplo disto é o romance "Passageiro do Fim do Dia", de Rubens Figueiredo. O romance apresenta um diálogo com o naturalismo cientificista do século 19 e coloca Charles Darwin como uma espécie de interlocutor do protagonista por meio da leitura que o personagem faz dos diários do pesquisador inglês. O naturalismo, uma importante referência estética e ideológica de nossa literatura, passa na contemporaneidade a ser lido de outra forma.

Existe ainda no Brasil literatura "regional"? A origem geográfica é determinante na literatura que se produz?

Não tenho como responder.

A literatura produzida atualmente no país é política?

A literatura produzida é política. Na realidade, é necessário afirmar que a literatura é uma atividade política. Mesmo que o autor busque de forma inocente afirmar que não produz uma literatura política, o próprio ato de escrever e assinar uma obra, colocando-se como autor de um volume de páginas, é um ato político. E a proposta de engajamento a partir da literatura é uma característica relevante para a crítica que deve ser analisada também em sua dimensão extraliterária. A chamada autoficção, voltada para o próprio eu, para a própria experiência, parece ser um dos mais fortes motes da produção literária dos últimos anos. 

Alguns estudos apontam uma exacerbação da subjetividade, que seria vista como um valor de autenticidade. Como avalia essa questão? Quais implicações disso na literatura brasileira?

Há no cenário contemporâneo um predomínio de obras que podem ser nomeadas como autoficcionais. No entanto, a classificação destas obras como autoficção em alguns casos obedece primeiramente o impulso do crítico que busca localizar no próprio ato de leitura indícios da "presença" do autor no universo ficcional construído no interior da obra. No entanto, é possível observarmos casos opostos em que o próprio autor busca rasurar essas fronteiras entre biografia e ficção. O caso mais exitoso é o de Ricardo Lísias, com a publicação de "Divórcio".

A literatura, se voltada para o eu, para a própria experiência, pode ser política?

"Divórcio", de Ricardo Lísias, é a prova de que um texto formado a partir de um explícito pacto autoficional pode ser um texto altamente político e significativo para alcançarmos uma bela representação da classe média contemporânea. Se no ato de leitura não lançarmos nossa atenção para os elementos biográficos do autor, não tratando-o como um Roman à clef, estamos diante de uma contundente representação da classe média paulistana, expondo a partir de um olhar de dentro a apatia política de seus membros.

Como as formas de interação via redes sociais se manifestam na literatura que se produz hoje?

Não posso responder.

Existe uma desagregação do romance como forma convencional – pela fragmentação, pela intervenção gráfica?

Luiz Ruffato, em "eles eram muitos cavalos", discutiu de forma extenuante essa questão. O autor afirma que para narrar uma megalópole como São Paulo foi necessário criar um novo modelo de representação e construção do romance. A estrutura linear não suporta as muitas vozes que estão presentes em uma cidade como São Paulo, o fragmento e a agilidade são os recursos possíveis para representar a cidade. No entanto, isso não invalida o romance enquanto forma. O romance acaba sendo reestruturado a partir do uso que os escritores oferecem. Um exemplo é a publicação do esperado romance de Marcelino Freire "Nossos Ossos". O autor domina a prosa curta e especializou-se em contos, criando um modelo próprio para o gênero. Ao publicar "Nossos ossos", seu primeiro romance, o autor não se submeteu ao romance enquanto gênero, mas sim submeteu o romance aos seus experimentos construídos no espaço do conto.

Antologias, coletâneas temáticas, seletas de escritores e outras iniciativas que partem do mercado editorial são frutíferas? Beneficiam a produção?

Sem dúvida. Não apenas beneficiam a produção, mas também surgem como objetos de pesquisa e de interesse da crítica. Um exemplo é a coleção "Amores expressos". Com o simples gesto de convidar autores para criarem narrativas de amor em diferentes capitais do mundo, a coleção lançou uma série de questões que interessam aos críticos. A antologia editada pela Granta também nos permitiu conhecer o perfil esperado e desejado pelos editores da revista para a imagem do jovem escritor brasileiro. 

As oficinas de criação literária, que abundam nos últimos anos, "moldam" a literatura que se produz hoje?

Não tenho como responder.

Que espaço tem a poesia hoje, na produção e no mercado? Pode ganhar mais espaço após o sucesso surpreendente da edição da poesia completa de Leminski no ano passado?

Não tenho como responder.


FONTE AQUI
ILUSTRÍSSIMA

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2014/02/1415847-respostas-de-paulo-roberto-tonani-do-patrocinio.shtml

terça-feira, 19 de junho de 2018

Aniversário de Chico Buarque e um texto de Caetano



"O Brasil é capaz de produzir um Chico Buarque: todas as nossas fantasias de autodesqualificação se anulam. Seu talento, seu rigor, sua elegância, sua discrição são tesouro nosso. Amo-o como amo a cor das águas de Fernando de Noronha, o canto do sotaque gaúcho, os cabelos crespos, a língua portuguesa, as movimentações do mundo em busca de saúde social. Amo-o como amo o mundo, o nosso mundo real e único, com a complicada verdade das pessoas. Os arranha-céus de Chicago, os azeites italianos, as formas-cores de Miró, as polifonias pigmeias. Suas canções impõem exigências prosódicas que comandam mesmo o valor dos erros criativos. Quem disse que sofremos de incompetência cósmica estava certo: disparava a inevitabilidade da virada. O samba nos cinejornais de futebol do Canal 100, Antônio Brasileiro, o Bruxo de Juazeiro, Vinicius, Clarice, Oscar, Rosa, Pelé, Tostão, Cabral, tudo o que representou reviravolta para nossa geração foi captado por Chico e transformado em coloquialismo sem esforço. Vimos melhor e com mais calma o quanto já tínhamos Noel, Haroldo Barbosa, Caymmi, Wilson Batista, Ary, Sinhô, Herivelto. A Revolução Cubana, as pontes de Paris, o cosmopolitismo de Berlim, o requinte e a brutalidade de diversas zonas do continente africano, as consequências de Mao. Chico está em tudo. Tudo está na dicção límpida de Chico. Quando o mundo se apaixonar totalmente pelo que ele faz, terá finalmente visto o Brasil. Sem o amor que eu e alguns alardeamos à nossa raiz lusitana, ele faz muito mais por ela (e pelo que a ela se agrega) do que todos nós juntos.” 

domingo, 17 de junho de 2018

O vazio do domingo, de Ramon Salazar


Abandonada aos 8 anos, mulher descobre o paradeiro da mãe e a obriga a permanecer dez dias com ela. a partir disso, neste filme cheio de silêncio, simbolismo e grandeza. Uma lindeza. 

domingo, 10 de junho de 2018

O dia em que eu deveria ter morido, de Javier Aranbia Contreras


Os Melhores Jovens Escritores Brasileiros segundo a revista GRANTA

Os Melhores Jovens Escritores Brasileiros segundo a revista GRANTA




Cristhiano Aguiar, da Paraíba
Javier Arancebia Contreras, de Salvador, de família chilena
Vanessa Barbara, de São Paulo
Carol Bensimon, de Porto Alegre
Miguel del Castilho, nasceu no Rio de Janeiro de pai uruguaio
João Paulo Cuenca, do Rio de Janeiro
Laura Erber, do Rio de Janeiro
Emilio Fraia, de São Paulo
Julian Fuks, de São Paulo
Daniel Galera, de São Paulo, mas morador de Porto Alegre
Luiza Geisler, de Canoas, mais nova, nasceu em 1991
Vinícius Jatobá, do Rio de Janeiro
Michel Laub, de Porto Alegre
Ricardo Lísias, de São Paulo
Chico Mattoso, nasceu na França, mas cresceu em SP
Antônio Prata, de São Paulo
Carola Saavedra, nasceu no Chile, mora no Rio
Tatiana Salem Levy, do Rio de Janeiro
Leandro Sarmatz, do Rio Grande do Sul
Antônio Xerxenesky, do Rio Grande do Sul



Cristhiano Aguiar nasceu em Campina Grande, Paraíba, e formou-se em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco. Tem 31 anos. Em 2006, publicou o livro de contos "Ao lado do muro" (Dinâmica) e em 2007 venceu o Prêmio Osman Lins de contos. Lançou, em 2010, durante a FreePorto (PE), o folheto de narrativas "Os justos", em edição artesanal pela Moinhos de Vento. É colaborador do suplemento literário Pernambuco. Editou a revista de arte e cultura pop Eita! (http://issuu.com/revistaeita) e a revista literária Crispim (www.revistacrispim.com.br). Foi curador e coordenador do Festival Recifense de Literatura e coorganizou a antologia de contos "Tempo bom" (Ed. Iluminuras). Atualmente trabalha em seu primeiro romance e em ensaios sobre literatura brasileira contemporânea. “Teresa” faz parte de Silêncio, livro de contos inédito.



Javier Arancibia Contreras nasceu em Salvador, BA, após sua família migrar do Chile durante o período de ditadura militar, mas vive desde a adolescência em Santos, SP. Escreveu os romances "Imóbile" (Editora 7Letras, 2008), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, e "O dia em que eu deveria ter morrido" (Editora Terceiro Nome, 2010), premiado com uma bolsa literária do Governo do Estado de São Paulo. É também roteirista de cinema e, durante os anos em que trabalhou como repórter policial, escreveu um livro-reportagem/ensaio biográfico sobre o dramaturgo Plínio Marcos ("A crônica dos que não têm voz", Boitempo Editorial, 2002).




Vanessa Barbara nasceu em junho de 1982 no bairro do Mandaqui, em São Paulo. É jornalista, tradutora e escritora. Publicou "O livro amarelo do terminal" (Cosac Naify, 2008, prêmio Jabuti de Reportagem), o romance "O verão do Chibo" (Alfaguara, 2008, em parceria com Emilio Fraia) e o infantil "Endrigo, o escavador de umbigo" (Editora 34, 2011), ilustrado por Andrés Sandoval. Como tradutora, recentemente lançou sua versão de "O grande Gatsby" (Penguin/Companhia das Letras). É editora do site A hortaliça (www.hortifruti.org) e cronista do jornal Folha de S.Paulo. "Noites de alface" é um trecho de seu próximo romance.


Carol Bensimon nasceu em 22 de agosto de 1982, em Porto Alegre. Fez mestrado em escrita criativa na PUC-RS e viveu dois anos em Paris. Alguns de seus contos foram publicados em revistas e coletâneas. Seu primeiro livro de ficção, composto por três novelas, é "Pó de parede" (Não Editora, 2008). Em 2009, publicou pela Companhia das Letras o romance "Sinuca embaixo d’água", finalista dos prêmios São Paulo, Jabuti e Bravo!. O trecho publicado em Granta faz parte de seu novo romance, Faíscas.




Filho de pai uruguaio e mãe carioca, Miguel Del Castillo nasceu no Rio de Janeiro, formou-se em arquitetura pela PUC-Rio e mudou-se para São Paulo em 2010, onde atualmente é editor da Cosac Naify. Foi editor da revista Noz, de arquitetura e cultura, e recebeu o prêmio Paulo Britto de Poesia e Prosa com o conto “Carta para Ana”, publicado na Antologia de prosa Plástico Bolha (Editora Oito e Meio, 2010). Tem 25 anos e trabalha, atualmente, em seu primeiro livro de contos, do qual “Violeta” faz parte.



João Paulo Cuenca nasceu no Rio de Janeiro, em 1978. Participou de diversas antologias no Brasil e no exterior e é autor dos romances "Corpo presente" (Planeta, 2003), "O dia Mastroianni" (Agir, 2007) e "O único final feliz para uma história de amor é um acidente" (Companhia das Letras, 2010), publicado também em Portugal, na Espanha e na Alemanha. Em 2007, foi selecionado pelo Festival de Hay e pela organização do festival Bogotá Capital Mundial do Livro como um dos 39 autores mais destacados da América Latina com menos de 39 anos. “Antes da queda” faz parte de seu próximo romance, a ser publicado em 2013.



Laura Erber nasceu em 1979 e mora no Rio de Janeiro. É artista visual, formada em letras, com doutorado em literatura pela PUC-Rio, foi escritora em residência na Akademie Schloss Solitude de Stuttgart e no Pen Center de Antuérpia. Publicou contos e ensaios em diversas revistas e tem quatro livros de poesia, entre eles "Insones" (7Letras, 2002) e "Os corpos e os dias" (Editora de Cultura, 2008), finalista do Prêmio Jabuti na categoria poesia. Prepara um livro sobre Ghérasim Luca pela Eduerj e, atualmente, trabalha em seu primeiro romance, "Os esquilos de Pavlov", a ser publicado pela Alfaguara em 2013.


Emilio Fraia é editor de literatura da editora Cosac Naify. Publicou no Brasil autores como Enrique Vila-Matas, Antonio Tabucchi, Macedonio Fernández e William Kennedy. Nasceu em São Paulo em 1982. Como jornalista, foi repórter das revistas Piauí e Trip. Escreveu, em parceria com Vanessa Barbara, o romance "O verão do Chibo" (Alfaguara, 2008), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, e atualmente termina a graphic novel "Campo em branco" (Companhia das Letras) com o ilustrador DW Ribatski.



Julián Fuks nasceu em novembro de 1981, em São Paulo. Filho de pais argentinos, foi repórter da Folha de S. Paulo e resenhista da revista Cult, além de publicar contos em diversas revistas e na antologia Primos: histórias da herança árabe e judaica (Record, 2010). É autor de "Fragmentos de Alberto, Ulisses, Carolina e eu" (7Letras, 2004), "Histórias de literatura e cegueira {Borges, João Cabral e Joyce}" (Record, 2007), finalista dos prêmios Portugal Telecom e Jabuti, eProcura do romance (Record, 2011).



Daniel Galera nasceu em 1979, em São Paulo, mas passou a maior parte da vida em Porto Alegre. É um dos criadores da editora Livros do Mal, pela qual publicou o volume de contos "Dentes guardados" (2001). É autor dos romances "Até o dia em que o cão morreu" (Livros do Mal, 2003), adaptado para o cinema, "Mãos de cavalo" (Companhia das Letras, 2006), publicado também na Itália, na França, em Portugal e na Argentina, e "Cordilheira" (Companhia das Letras, 2008), vencedor do Prêmio Machado de Assis de Romance, da Fundação Biblioteca Nacional. Em conjunto com o desenhista Rafael Coutinho, publicou em 2010 a graphic novel "Cachalote". “Apneia” faz parte de um romance em andamento.



O livro de estreia de Luisa Geisler — Contos de mentira(Record, 2011) — foi escolhido pelo Prêmio SESC de Literatura 2010/2011 na categoria conto. No ano seguinte, o mesmo prêmio escolheu sua novela de estreia — "Quiçá" (Record, 2012) — na categoria romance. Atualmente, ela é colunista da página final da revista Capricho. Luisa nasceu em 1991 em Canoas, RS. Contudo, passa boa parte do seu tempo em Porto Alegre, estudando Ciências Sociais (UFRGS) e Relações Internacionais (ESPM/RS), e escrevendo sentada no chão do metrô.



Vinicius Jatobá nasceu em 1980, no Rio de Janeiro. É mestre em Estudos de Literatura pela PUC-Rio e estudou roteiro e direção na New York Film Academy (NYFA). Como crítico literário, colabora com os suplementos “Sabático” (O Estado de S. Paulo), “Prosa & Verso” (O Globo) e na revista Carta Capital. Participou com contos na antologia Prosas Cariocas(Casa da Palavra) e no catálogo de cinema 68 Cinema Utopia Revolução (Caixa Cultural São Paulo). Publicou ficção, crônicas e jornalismo em sites e revistas como EntreLivros, NoMínimo, Rascunho e Terra Magazine, onde foi colunista de livros e de cinema. Escreveu e dirigiu diversos curtas, entre eles "Alta Solidão" (2010) e "Vida entre os mamíferos" (2011). Trabalha em seu primeiro romance, "Pés Descalços", e finaliza a reunião de contos "Apenas o vento", de onde “Natureza--Morta” foi retirado.



Escritor e jornalista, Michel Laub publicou cinco romances, todos pela Companhia das Letras. Entre eles, "Longe da água" (2004), publicado também na Argentina (EDUCC), "O segundo tempo" (2006) e "Diário da queda" (2011), que teve os direitos vendidos para o cinema, recebeu os prêmios Brasília e Bravo/Bradesco e sairá na Alemanha (Klett-Cotta), Espanha (Mondadori), França (Buchet/Chastel) e Inglaterra (Vintage). Nasceu em Porto Alegre, em 1973, e vive atualmente em São Paulo.




Ricardo Lísias nasceu em 1975, em São Paulo. É autor de "Anna O. e outras novelas" (Globo), finalista do Prêmio Jabuti de 2008, "Cobertor de estrelas" (Rocco), traduzido para o espanhol e o galego, "Duas praças" (Globo), terceiro colocado no Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira de 2006, e "O livro dos mandarins" (Alfaguara), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura de 2010, atualmente sendo traduzido para o italiano. Em 2012, publicou o romance "O céu dos suicidas" (Alfaguara). Seus textos já foram publicados também na revista Piauí e nas edições 2 e 6 de Granta em português.




Chico Mattoso nasceu na França, em 1978, mas sempre viveu em São Paulo. Formado em  letras pela USP, foi um dos editores da revista Ácaro e tem textos publicados em diversos jornais e revistas. Longe de Ramiro (Editora 34, 2007), seu primeiro romance, foi finalista do prêmio Jabuti. Em 2011, publicou pela Companhia das Letras seu segundo livro, "Nunca vai embora". Também trabalha como roteirista. Mora atualmente em Chicago, onde estuda escrita dramática na Northwestern University.



Antonio Prata nasceu em 1977, em São Paulo, e tem nove livros publicados, entre eles "Douglas" (Azougue Editorial, 2001), "As pernas da tia Corália" (Objetiva, 2003), "Adulterado" (Moderna, 2009) e, mais recentemente, "Meio intelectual, meio de esquerda" (Editora 34,2010), que reúne crônicas publicadas em jornais e revistas. Mantém uma coluna às quartas no caderno “Cotidiano” do jornal Folha de S.Paulo e escreve para televisão.



Carola Saavedra nasceu no Chile, em 1973, mas aos três anos de idade se mudou para o Brasil. Morou na Espanha, na França e na Alemanha, onde concluiu um mestrado em comunicação. Vive atualmente no Rio de Janeiro. É autora do livro de contos "Do lado de fora" (7Letras, 2005) e dos romances "Toda terça" (2007), "Flores azuis" (2008 — eleito melhor romance pela Associação Paulista de Críticos de Arte) e "Paisagem com dromedário" (2010 —Prêmio Rachel de Queiroz na categoria jovem autor), publicados pela Companhia das Letras.



Tatiana Salem Levy é escritora, tradutora e doutora em estudos de literatura pela PUC-Rio. É autora do ensaio "A experiência do fora: Blanchot, Foucault e Deleuze" (Civilização Brasileira, 2011) e dos romances "A chave de casa" (Record, 2007) — vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, categoria romance de estreia, e publicado também em Portugal, França, Espanha, Itália, Turquia e Romênia — e "Dois rios" (Record, 2011), que sairá em breve em Portugal e na Itália. Nasceu em Lisboa, em 1979, e vive no Rio de Janeiro.



Leandro Sarmatz vive em São Paulo desde 2001, onde trabalhou nas editoras Abril e Ática, e atualmente trabalha na Companhia das Letras, editando, entre outros autores, Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava e Otto Lara Resende. É poeta, contista, dramaturgo e nasceu em Porto Alegre em 1973. Mestre em Teoria Literária, é autor da peça "Mães & sogras" (IEL, 2000), dos poemas de "Logocausto "(Editora da Casa, 2009) e dos contos reunidos em "Uma fome" (Record, 2010).



Ficcionista nascido em 1984, em Porto Alegre, Antônio Xerxenesky formou-se em letras e é mestre em literatura comparada pela UFRGS. Colabora com resenhas e críticas para diversos jornais e revistas e foi um dos fundadores da Não Editora, em 2007, por onde lançou seu primeiro romance, "Areia nos dentes", em 2008. Seu livro mais recente é a coletânea de contos "A página assombrada por fantasmas", editado pela Rocco em 2011. O texto selecionado faz parte de seu novo romance, "F para Welles".

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Estudando os contistas pós-utopicos ou as novas formas
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